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O que é intercessão?


A Intercessão é uma oração de pedido que nos conforma perfeitamente com a oração de Jesus. Interceder é pedir, suplicar em favor de outro. Desde Abraão, é próprio de um coração que está em consonância com a misericórdia de Deus”. (Catecismo nº 2634,2635)

A palavra INTERCESSÃO, em si, quer dizer: a ação de “por-se entre”. O intercessor é aquele que se engaja numa batalha espiritual em favor das necessidades de alguém, de algum grupo, família, país, paróquia.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Artigos e Pronunciamentos de Dom Odilo Scherer

Beato João Paulo 2º, rogai por nós!

No próximo dia 1º de maio, em Roma, será beatificado o papa João Paulo 2º. Fato extraordinário, pois ele faleceu há seis anos apenas! Mas foi notável também a sua pessoa e, por isso, sua beatificação rápida não deve causar maravilha a ninguém. De fato, já no meio da numerosa multidão que acorreu ao seu funeral na praça de São Pedro houve manifestações espontâneas, pedindo que fosse proclamado santo imediatamente!

Quando beatifica ou canoniza algum de seus filhos, a Igreja afirma que esse foi um cristão autêntico, que viveu de forma extraordinária e exemplar como discípulo de Jesus Cristo. Não é o milagre que mais importa, mas a vida santa, a fé sólida, o amor e a comunhão com Deus, a caridade para com o próximo, a consistência e mesmo a heroicidade das virtudes, o serviço prestado à Igreja e à humanidade, tudo motivado pela fé cristã.

Ninguém se torna santo depois da morte, mas durante a vida; o milagre, exigido no processo de beatificação e canonização, é visto como um sinal de Deus, a confirmar aquilo que a Igreja se propõe a fazer. E esta, após cuidadoso estudo e exame detalhado de todos os aspectos da vida daquele que vai ser beatificado ou canonizado, reconhece e proclama oficialmente que se tratou de um cristão exemplar enquanto viveu e que está no céu, junto de Deus; neste ato, a Igreja empenha o seu Magistério.

Quem não se lembra do papa João Paulo 2º? Teve uma infância simples e sofrida na Polônia; na juventude, padeceu os horrores da Segunda Guerra Mundial e, em seguida, conheceu também os abusos totalitários do comunismo polonês e russo. Foi sacerdote idealista e dedicado; bispo dinâmico e corajoso; aos 58 anos de idade, foi eleito papa, permanecendo na Sé de São Pedro por quase 27 anos, como pastor dinâmico, corajoso, lúcido e generoso. Incentivou a formação do clero, dos religiosos e dos leigos, valorizou os diversos carismas presentes no Povo de Deus, cuidou de manter unida a Igreja e de corrigir desvios na fé e na vida moral e pastoral.

E empenhou-se para colocar em prática o Concílio Vaticano 2º, imprimindo na Igreja um novo dinamismo evangelizador; fez mais de 100 viagens internacionais, visitando 160 países, sempre animando as Igrejas locais e confirmando a fé do povo católico; foram viagens missionárias por excelência, nas quais mantinha encontros de diálogo também com autoridades civis, líderes religiosos e organizações sociais.

Para toda a comunidade humana, João Paulo 2º tornou-se uma autoridade moral indiscutível, como ficou bem claro no seu funeral, que reuniu um número e uma diversidade de chefes de Estado e de governo nunca antes vistos num mesmo lugar. Estavam todos ali para prestar homenagem ao papa que marcou o mundo pelo seu empenho, pelo respeito ao ser humano, pela paz e o bom entendimento entre os povos.

Era um homem de Deus, dedicado inteiramente à causa do Evangelho, e assim se apresentava diante do mundo; tinha uma devoção singela à Virgem Maria, como mostrava seu lema “totus tuus” (todo teu), a quem agradeceu a proteção na hora do atentado na praça de São Pedro, que poderia ter sido fatal. Na sua idade avançada e na doença que lhe tomava as forças, deu um exemplo comovente de dignidade e dedicação à sua missão até o fim.

Será beatificado no 2º Domingo da Páscoa, o “Domingo da Misericórdia”, por ele mesmo instituído. Que ele continue a interceder junto de Deus pela Igreja e pela humanidade inteira, para que a “Divina Misericórdia” se estenda sobre todos aqueles que ele amou tão exemplarmente aqui na terra.

Publicado em O SÃO PAULO, ed. de 26.04.2011

Card. Odilo P. Scherer

Arcebispo de São Paulo

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